quinta-feira, 24 de maio de 2012


Entre olhares apaixonantes

            Isabel morava com seus pais em uma casa de luxo em um bairro bem movimentado. Todas as manhãs Isabel saia bem cedo pra ir à feira. Ela adorava comprar frutas e legumes bem fresquinhos.
            Na barraquinha de frutas ela não encontra ninguém para lhe atender, então ela diz:
            –– Olá! Tem alguém aqui? –– Logo se levanta um jovem e fala:
            –– Olá! O que a senhorita deseja.
            Mas quando se olharam, apaixonaram um pelo outro. Então ela respondeu.
            –– Eu queria experimentar um desses morangos, eu posso?
            –– Pode sim, eu vou pegar.
            Quando ele entregou os morangos a ela, ficou fascinado com seu olhar.
            Isabel tão educada pediu que o moço arrumasse os morangos. Depois ela perguntou quanto que custavam os morangos.
            –– Como é o seu nome senhorita?
            –– É Isabel, mas todo mundo me chama de Bel.
            –– Isabel como você é encantadora, não vou cobrar nada pelos morangos.
–– Espero que você se encante comigo também.
–– Qual é o seu nome senhor?
–– Lucas.
–– Que lindo nome. Lucas eu fico acomodada só porque as pessoas me tratam como a filha do papai, eu não gosto de ser tratada assim, porque eu também sou igual a todos, inclusiva igual a você. Eu sou um ser humano como qualquer outro. Você concorda comigo Lucas?
–– Sim, eu concordo, mas mesmo assim você não vai pagar os morangos, porque eu gostei muito de você. Você é uma mulher muito encantadora, especial e além de tudo é linda.
–– Lucas não fala assim comigo que eu fico sem jeito. Agora eu preciso ir, qualquer dia desses a gente se encontra e conversa.
–– Estarei te esperando, Isabel.
Lucas era filho de feirantes. Todo mundo no bairro conhecia a família, porque são humildes e bem educados. Os pais de Isabel odiavam essa feira, porque para eles só iam pessoas pobres e que não tinham o que comer. O Sr. Jorge Ferreira e a Sra. Dalva Ferreira não sabiam que sua filha Isabel ia nesta feira, lá ela só ia encontrar pessoas mal educadas e nojentas.
Isabel chega da feira com o cesto cheio de frutas e legumes, os pais dela perguntaram onde ela estava. Ela respondeu:
–– Eu estava na feira! Porque a pergunta mamãe?
–– Porque você sabe muito bem que eu não gosto daquelas pessoas pobres e fedorentas. Isabel não sabia o que fazer na hora, então ela resolveu contar tudo que aconteceu na feira.
–– Mãe, aquelas pessoas não são pobres e nem fedorentas, elas são apenas pessoas trabalhadoras tentando alimentar e educar seus filhos para que sejam pessoas boas no futuro. E você não tem conta com a vida deles. Quer saber vou para o meu quarto, porque é o melhor que faço.
A dona Dalva impressionada com o que a filha lhe disse, logo foi ao quarto dela e falou:
––Você Isabel esta de castigo. Só sai para almoçar e jantar. E olha lá o seu comportamento, porque se você fizer alguma gracinha eu vou te deixar trancada dentro desse quarto. Você está me ouvindo Isabel? - Isabel não falou nada.
Depois de um tempo sem se encontrar com Isabel, Lucas foi até a casa dela para vê-la. No entanto ele sabia que a família dela não gostava daquela feira, perto da casa deles. Então Lucas não pensou duas vezes e mandou pedras na janela do quarto de Isabel, e foi aí que ela  apareceu na sacada. Quando Lucas  a viu ficou impressionado com a sena de beleza de Isabel.
Ela gostou tanto da visita que chamou Lucas para conversar no quarto, porque a qualquer hora os pais dela podiam sair e vê-lo lá fora. Lucas começou a escalar a parede, até chegar à janela e entrar no quarto. Quando chegou no quarto, eles conversaram bastante. Foi quando ele decidiu falar algumas coisas para Isabel.
–– Isabel, quando  te vi pela primeira na feira eu me apaixonei profundamente por você. Pra mim você é frio, é calor, é febre de amor, saudade de paixão. E eu sigo sempre o rumo do meu coração. Só pra ter o seu amor, eu viajei pelo seu mundo, me vi com seus olhos e descobri que sou só o seu amor, pedi a Deus você de presente, pra me ver contente, ele te enviou, você sabe disso?
–– Olha Lucas, isso tudo que você me falou é lindo, eu adorei mesmo do fundo do meu coração, você pode acreditar em mim de verdade. Eu também sinto uma coisa profunda por você, mas os meus pais não querem que me relacione com pessoas pobres. Você me entende?
–– Eu não entendo, porque isso tá parecendo desprezo por eu ser uma pessoa pobre.
–– Lucas não é nada disso. Na verdade eu te amo, mas como nós vamos viver esse amor sendo que a minha família não concorda?
–– Ah, não sei, mas deve ter alguma solução para esse nosso problema.
–– Mas qual Lucas?
–– Já sei, mas eu não sei se você vai querer.
–– Então fala o que é!
–– Que tal se eu e você fugíssemos à noite pra outra cidade distante daqui?
–– Mas e a minha família? Eles vão ficar preocupados comigo e vão colocar a polícia atrás de mim.
–– É só você escrever uma carta contando o que aconteceu pra você fugir.
–– Ah! Quer saber eu vou com você pra qualquer lugar deste mundo Lucas.
Depois desta frase os dois não se aguentaram, olharam um para o outro e se beijaram pela primeira vez. No outro dia Isabel escreveu uma carta de despedida, enquanto Lucas falava para sua família que ia fugir com uma garota encantadora, os pais dele entenderam tudo e deixaram seu maior tesouro construir o seu próprio caminho.
A noite chegou e Isabel estava em casa construindo uma escada de lençóis para fugir da janela de seu quarto, enquanto Lucas estava lá ansioso montado num cavalo branco a espera de sua princesa. A noite estava maravilhosa, com estrelas e lua cheia, para o amor de Lucas e Isabel, na escuridão só avistava um vulto, o vulto de um casal apaixonado.

Autora: Tatiane Aparecida Gomes
Professor: Edicarlos Fernandes de Melo.  

Escola Municipal Dom Orione – Campo Alegre.


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