terça-feira, 10 de julho de 2012

Autores desconhecidos e brilhantes

Durante uma aula de produção de texto, os alunos do 8º ano 106 se destacaram através de produções muito interessantes. Eles foram criativos e alguns abordaram temas importantes como meio ambiente, convivência na escola, drogas e outros. Segue abaixo dois textos que mais se destacaram:


Escola da vida


         A escola é feita para todos que querem estudar, tanto pessoas novas quanto velhas. A escola pública tem tudo que precisamos, mas ninguém agradece por isto. Ela tem profissionais  que ajudam no que precisarmos, professores excelentes, formados e competentes.
       Quando entrei para a escola, me lembro bem, eu chorava não sei porque, não aprendia de tão nervosa que eu ficava, mas peguei firme e apesar de ter perdido um ano, porque eu quis, estou hoje no 8º ano. Muita gente diz que vai sair da escola, que escola é muito ruim, que ainda não largou porque o pai ou a mãe não deixa. A maioria, uns 60% dizem isso, mas eles não veem que a única coisa que vai lhes dar futuro é a escola. Muitas pessoas mais velhas que não tem condições de estudar enquanto novos ou não quiseram e abandonaram a escola se arrependem e tentam voltar hoje em dia. Elas viram que foi a maior bobagem que já fizeram porque tudo hoje gira em torno  dos estudos, como conseguir um bom serviço. Até uma coisa à toa que você vai participar, ou o surgimento de um bom emprego, se você não teve escolarização está fora.
       Sem a escola você tem que aprender com a escola da vida que é mais difícil do que levantar cedo e estudar. Você pode perceber que sem a escola não vamos a lugar nenhum.


( Geovana Ribeiro)



O Jeca Tatu

Em um belo dia, na roça, lá estava o Jeca Tatu com sua enxada.
___ Eita vida dura sô! É odo dia na lida, de sor a sor.
Mas lá no pé da serra aponta o compadre Chico.
___ Tarde cumpade!
___ Tarde!
___ O qui o sinhô tá fazeno sô?
___ Uai, eu tô arano a terra pa prantá mio.
___ Mas cumpade parece qui num vai vim chuva pra moiá o mio.
___ Não sô, num pricupa não qui eu mais a muié j[á fizemo inté promessa pra vê se chove.
___ Mas eu tô veno qui o sinhô tá acabano,vamo dá uma pescadinho?
___ Uai, vamo, espera aí qui eu já tô ino.
E foram Jeca tatu e o compadre Chico para o córrego. Já no córrego tudo estava parado, sem sinal nenhum de peixe. Colocaram a minhoca no anzol e ficaram proseando, quando de repente a vara do compadre Chico mexe.
___ Ô sô, peguei um.
___ Que bão sô, mais agora é minha veiz.
Mas a sorte estava mesmo era do lado do compadre Chico.
___ Uai cumpade, peguei outro.
O Jeca Tatu já estava ficando aborrecido pois só o compadre Chico pegava os peixes e ele não.
___ Cumade, o sinhô já pegou muito, vamo trocá de lado.
___ Vamo então.
Depois que eles trocaram de lado nada do |Jeca Tatu pegar peixe, enquanto que o Chico “lavava a égua”.
A noite foi chegando e os dois estavam de frente para um lindo por do sol. Mas nem aquela maravilhosa vista acalmava o Jeca Tatu.
___ Ô cumpade Jeca, vamo imbora?
___ Vamo, eu num peguei nada mermo.
___ Mas eu peguei sô!
O Jeca Tatu já estava vermelho de raiva daquela pescaria.
Muito tempo se passou e um dia o compadre Chico chegou  à casa do Jeca.
___ Ô cumpade?!
___ Oi. Gritou o Jeca lá do quintal.
___ Cumpade, desde aquela pescaria qui eu tô veno qui o sinhô  tá diferete cumigo, o qui foi?
___ Pra fala a verdade eu murri de inveja do sinhô pegá tanto peixe e por isso fiquei tão brabo.
___ Entãpo vamo fazê as pais?
___ Vamo é.
___ Vamo pesca dinovo?
___ Vamo uai!
E então os dois voltaram a ser amigos e o Jeca entendeu que cada um tem a sua vez.
___ Peguei um cumpade Chico.
___ Eu tamém cumpade Jeca.
E assim o dia acabou com um lindo por de sol.

( Jean Marcos)




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